quinta-feira, 22 de novembro de 2007

CONSUMO DE ENERGIA

Trabalho apresentado pelos alunos Gleisne Josemar e Priscilla Lage

INTRODUÇÃO

Determinar a energia consumida na fabricação de materiais de construção implica em conhecer os processos onde ela é utilizada. A primeira relação que normalmente se faz entre energia e habitação refere-se às formas de energias que chegam usualmente às nossas casas: eletricidade, gás (GLP ou gás natural) e lenha. Porem o consumo de energia para se construir uma habitação começa antes mesmo de esta começar a existir. Tem inicio quando da extração das matérias-primas que serão utilizadas para a fabricação dos componentes e na edificação (elevação) da moradia propriamente dita. Neste estudo, é analisado o conjunto habitacional Bento Ribeiro Dantas, situado à Av. Bento Ribeiro Dantas, no complexo da Maré, Rio de Janeiro. Trata-se de uma habitação popular construída com a finalidade de abrigar famílias ribeirinhas que seriam afetadas pelo programa “Reconstrução Rio”, cujo objetivo era implementar as obras para prevenir inundações e recuperar a infra-estrutura danificada nas enchentes, abrigando os removidos das palafitas às margens do canal da Maré. O projeto foi inspirado em assentamentos espontâneos das favelas, onde a disposição dos espaços é construída pelas casas em alvenaria sem revestimento sobrepostas entre becos e vielas.

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Os materiais de construção tradicionalmente mais usados nas habitações são: terra, pedra, madeira, cerâmicos, aço, vidro, aglomerantes, cimento amianto, plástico e alumínio. O uso estabilizado de terra (produtos cerâmicos e aglomerantes) pressupõe grande dispêndio de óleo combustível, lenha ou carvão. Alem desses usos diretos, a terra é insumo básico para alguns materiais de construção e, mesclada a um aglomerante, constitui argamassa de rejuntamento ou revestimento. As construções antigas sempre restringiram o uso da pedra, principalmente em relação ao transporte a longas distancias. Com a introdução do uso de maquinas a carvão, diesel e elétricas, seu uso foi ampliado e, é um dos elementos fundamentais da arquitetura moderna. Normalmente é utilizada como componente do concreto ou como revestimento para pisos e paredes. A madeira é utilizada na estrutura da casa, do telhado, nas esquadrias ou mesmo como elemento de uso temporário (formas de vigas e lajes de andaimes) A madeira, por ser normalmente aproveitada in natura, não demanda necessariamente energia para sua transformação. O consumo de energia, concentra-se nas serralherias (energias elétricas) e no transporte (óleo diesel). Os produtos cerâmicos são produzidos a partir da argila estabilizada através da queima, que propicia maior resistência a esforços mecânicos e a erosão da água e dos ventos. Por essas características e pela constante adaptação às mudanças tecnológicas dos últimos séculos, o tijolo de barro cozido tornou-se um dos elementos construtivos mais utilizados. Nos últimos anos a lenha que era tipicamente utilizada no seu processo de queima, foi sendo substituída pelo óleo combustível.

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

. O aço, só veio a ter um largo uso como elemento construtivo no século XIX, quando da evolução da siderurgia. No Brasil, a construção residencial não se apropriou das estruturas metálicas, sendo estas mais freqüentes em instalações industriais. O aço é utilizado em larga escala, sim, no concreto armado. Além da eletricidade e do óleo combustível que são insumos básicos das usinas, o carvão vegetal é amplamente utilizado nos altos fornos das usinas integradas para a produção de ferro-gusa.

· O vidro, nas ultimas décadas, a tecnologia de fabricação do vidro sofreu avanços tecnológicos consideráveis, permitindo uma maior diversidade no seu uso. O aparecimento do vidro temperado, por exemplo, revolucionou a utilização do vidro, por ser altamente resistente e não se limitar ao uso somente em janelas e vitrais.
-Aglomerante, existe uma grande variedade de aglomerantes, sendo os principais: o gesso, a cal aérea e o cimento.
-O gesso é mais utilizado como material de revestimento.
-A cal aérea é também utilizada para pintura de revestimento, na composição do concreto para reduzir a permeabilidade e na fabricação dos tijolos de silício, calcário e refratários.
-O cimento é resultado de um processo evolutivo da cal hidráulica. Atualmente, alem do cimento portland existe o cimento pozolâmico que é obtido à base de moagem conjunta de clinquer e cinzas volantes, provenientes de usinas termelétricas.
. O cimento amianto, vem ocupando largo espaço na construção civil nacional. As telhas, devido as facilidade de aplicação e ao preço de mercado brasileiro de coberturas. As normas para utilização dos materiais de construção a base de amianto são rígidas em alguns paises, principalmente nos mais desenvolvidos, que chegam a proibir a sua comercialização devido ao alto grau tóxico dessa substancia e suas conseqüências para a saúde.
· O alumínio, obtido a partir da bauxita, pode ser forjado, fundido e laminado. O maior uso na construção civil se dá em perfis e janelas. A forma de energia utilizada na sua transformação é basicamente energia elétrica, que dado o seu alto consumo é considerada insumo básico para a sua fabricação. Os artefatos de alumínio também utilizam basicamente energia elétrica.

UNIDADES DE ENERGIA UTILIZADAS

Na fabricação dos materiais entram diversos insumos energéticos. Para se somar energias tão distintas são utilizados fatores de conversão, convertendo todas as mesmas, conforme se encontra representado na tabela I.
FATORES DE CONVERSÃO

Quanto a energia humana, há dificuldades na comparação das energias do homem e da maquina. Não há um consenso entre os pesquisadores quanto ao fator que converteria o trabalho humano em energia comercial. Por isso, a energia humana é considerada no presente estudo.

METODOLOGIA PARA DETERMINAÇÃO DAS ENERGIAS EMBUTIDAS
Para determinação do conteúdo energético da vasta gama de materiais e processos de fabricação hoje existentes no Brasil, utilizaram-se os índices definidos por Guimarães(1985), Em seu estudo, baseado na pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas tecnológicas do Estado de São Paulo, foi tomado como universo de pesquisa os estabelecimentos produtores de materiais de construção civil de interesse para projetos habitacionais. Para a determinação do conteúdo energético de cada material, o pesquisador se baseou nos respectivos conteúdos energéticos, isto é, na quantidade de energia consumida por unidades de massa. Para tal foi dividida a produção total de cada produto pela energia consumida pelas respectivas industrias, considerando-se separadamente cada forma de energia.
CALCULO DAS ENERGIAS EMBUTIDADS NOS MATERIAS

Para determinação das energias embutidas nos materiais de construção, foram multiplicados os conteúdos energéticos pela massa, em kg, de cada material, o que resultou na tabela 2. A massa dos materiais foi obtida a partir de catálogos de fabricantes e complementada com algumas medições feitas por Guimarães. Para determinação da energia embutida no Bloco cerâmico estrutural 14x19x29cm, utilizado na construção do conjunto habitacional Bento Ribeiro Dantas, foi feita uma pesquisa a campo nas instalações da fabrica de produtos cerâmicos Brasilar, fornecedora do produto na época. Para a analise energética foi feita um acompanhamento do processo de produção do bloco para a identificação das diversas formas de energia que entram na cadeia, nas suas distintas fases: moagem, modelagem, secagem e queima. A predominância do processo mecanizado implica em menor participação da energia humana e animal e maior participação de energia elétrica, óleo combustível e lenha(eucalipto).

De acordo com esses dados fornecidos, temos que são fabricados 434.783 peças de blocos cerâmico estrutural 14x19x29cm, peso unitário de 4,6 kg. Utilizando-se os fatores conversão, o total de energia embutida é de 3.119,88kcal/unidade de bloco produzida, conforme cálculos da tabela 3.

CONCLUSÃO

O consumo de energia para a construção de edificações se dá desde a fabricação dos materiais de construção até a elevação da construção. O objetivo deste estudo é quantificar a energia embutida em uma habitação popular de modo a subsidiar a escolha de tipos de habitações a serem consideradas em grandes projetos habitacionais. Como estudo de caso, foi selecionado, uma edificação popular constituída, basicamente, por um único material de construção: o bloco cerâmico. Como resultado, tem-se que o consumo energético para a construção dessa edificação é inferior ao consumo verificado em habitações populares tradicionais, pelo fato de não possuir revestimento e nem estrutura em concreto, materiais de construção intensivos na utilização de energia para a sua fabricação.
Trabalho apresentado pelos alunos Gleisne Josemar e Priscilla Lage

O crescimento das grandes cidades, da industrialização e do consumo, tem orçado a civilização a conviver com um processo mais intenso de degradação do meio ambiente, ameaçando os recursos naturais e energéticos, além da maior produção de resíduos sólidos, líquidos e gasosos. Isto tem trazido preocupação com relação à sustentabilidade do processo de crescimento das economias mundiais e ao futuro dos recursos esgotáveis. Desta forma, torna-se essencial a utilização de combustíveis obtidos a partir de fontes renováveis ou dos resíduos gerados pela atividade industrial e pelas cidades. Alguns dos resíduos mais representativos do processo de crescimento dos centros urbanos são os pneus automotivos que descartados sem quaisquer cuidados trazem sérias consequências ao meio ambiente e às populações.
O descarte inadequado de pneus pode causar os seguintes problemas:
• Ocupação de grandes espaços em terrenos,
• Assoreamento de rios e lagos;
• O acúmulo de água no interior das carcaças propicia a proliferação de mosquitos transmissores de dengue, febre amarela e encefalite;
• Riscos de incêndios;
Os pneus usados podem ser reutilizados após sua recauchutagem. Esta consiste na remoção por raspagem da banda de rodagem desgastada da carcaça e na colocação de uma nova banda. Após a vulcanização, o pneu "recauchutado" deverá ter a mesma durabilidade que o novo. A economia do processo favorece os pneus mais caros, como os de transporte (caminhão, ônibus, avião), pois neste segmentos os custos são melhor monitorados.
Há limites no número de recauchutagem que um pneu suporta sem afetar seu desempenho. Assim sendo, mais cedo ou mais tarde, os pneus são considerados inservíveis e descartados.

Vulcanização: Tratamento de borracha natural com átomos de enxofre, o que a torna mais elástica, resistente e insolúvel.
Os pneus descartados podem ser reciclados ou reutilizados para diversos fins:
• Regeneração da borracha;
• Engenharia Civil (barreiras em acostamentos de estradas, elemento de construção em parques e playground, quebra-mar, etc);
• Geração de energia (fornos de cimento);
Asfalto modificado com borracha (incorporação da borracha em pedaços ou pó. Com isso pode-se dobrar a vida útil da estrada. Também reduz o ruído causado pelo contato dos veículos na estrada).

Regeneração da Borracha:

O processo de regeneração de borracha envolve a separação da borracha vulcanizada dos demais componentes e sua digestão com vapor e produtos químicos, tais como, álcalis, mercaptanas e óleos minerais. O produto desta digestão é refinado em moinhos até a obtenção de uma manta uniforme, ou extrudado para obtenção de material granulado.A moagem do pneu em partículas finas permite o uso direto do resíduo de borracha em aplicações similares às da borracha regenerada.

Engenharia Civil:

O uso de carcaças de pneus na engenharia civil envolve diversas soluções criativas, em aplicações bastante diversificadas, tais como, barreira em acostamentos de estradas, elemento de construção em parques e playground, quebra-mar, obstáculos para trânsito e, até mesmo, recifes artificiais para criação de peixes.

Geração de Energia

O poder calorífico de raspas de pneu equivale ao do óleo combustível, ficando em torno de 40 Mj/kg. O poder calorífico da madeira é por volta de 14 Mj/kg.Os pneus podem ser queimados em fornos já projetados para otimizar a queima. Em fábricas de cimento, sua queima já é uma realidade em outros países. A Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) informa que cerca de 100 milhões de carcaças de pneus são queimadas anualmente nos Estados Unidos com esta finalidade, e que o Brasil já está experimentando a mesma solução.

Asfalto Modificado com Borracha

O processo envolve a incorporação da borracha em pedaços ou em pó. Apesar do maior custo, a adição de pneus no pavimento pode até dobrar a vida útil da estrada, porque a borracha confere ao pavimento maiores propriedades de elasticidade sem maiores mudanças de temperatura. O uso da borracha também reduz o ruído causado pelo contato dos veículos com a estrada. Por causa destes benefícios, e também para reduzir o armazenamento de pneus velhos, o governo americano requer que 5% do material usado para pavimentar estradas federais sejam de borracha moída.
Os componentes presentes em maior quantidade na borracha dos pneus são a borracha estireno-butadieno (SBR), a borracha natural (NR) e a borracha polibutadieno (BR). Também aparecem: o negro de fumo, os óleos, o enxofre, o acelerador, o ácido esteárico e o óxido de zinco. O negro de fumo é usado para conferir à borracha resistência aos esforços e à abrasão, e os óleos são misturas de hidrocarbonetos aromáticos que servem para conferir maciez à borracha e aumentar sua trabalha_bilidade durante a confecção dos pneus. O enxofre é usado para ligar as cadeias de polímeros dentro da borracha e também para endurecer e prevenir deformação excessiva pelas elevadas temperaturas. O acelerador é tipicamente um composto como um catalisador para o processo de vulcanização. O óxido de zinco e o ácido esteárico também agem para controlar a vulcanização e realçar as propriedades físicas da borracha.
A técnica de leito fluidizado proporciona grande movimentação interna na região de fluidização, o que acaba por homogeneizar a temperatura em seu interior e permitir o surgimento de pirólise, combustão e redução simultaneamente em vários pontos do leito o que melhora sensivelmente a qualidade dos produtos obtidos. O aparato empregado apresenta a configuração mostrada na figura a seguir. Foram executados 7 pré-ensaios objetivando o ajuste de todos os parâmetros operacionais do equipamento, entre os quais pode-se citar a fluidização a frio, a estabilização do queimador, a fluidização a quente, o ajuste da relação ar combustível de operação do pré-aquecedor, a alimentação de borracha a quente e, finalmente, a gaseificação dos fragmentos de pneus. Após os ajustes dos referidos parâmetros, foram efetuados 3 ensaios variando-se o fator de ar.

DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DO APARATO A SER EMPREGADO

O experimento realizado alimentou fragmentos de pneus a uma taxa média entre 7 e 8 kg/h, com fatores de ar variando entre 0,40 e 0,45. O ensaio 01 (j=0,40) teve seus resultados prejudicados pela perda de uma parte do óleo formado o que prejudicou o balanço de energia do processo, já o ensaio 02, que repetiu o fator de ar 0,40, e o ensaio 03 que teve fator de ar de 0,45, tiveram seus resultados válidos para efeito dos balanços de massa e energia.

A Figura a seguir, compara o Poder Calorífico Inferior de diversos combustíveis, comparativamente ao do óleo derivado dos pneus e comprova os dados de literatura. Como se observa na figura, o poder calorífico deste óleo é comparável ao de outros combustíveis comercialmente disponíveis.

A conversão de pneus em seus sub-produtos durante o ensaio 2 realizado é apresentada na Figura a seguir. A interpretação deste gráfico é que, para cada 100 g de fragmentos de pneus processados, obtém-se 20 g de cinzas e 7 g de óleo. O resultado do ensaio 03 foi inferior ao do ensaio anterior no tocante à produção de óleo (cerca de 5% em massa de fragmentos de pneus, contra 7% do ensaio 02) e também de cinzas (cerca de 17% em massa de fragmentos de pneus. Na fase líquida o óleo formado possui vários hidrocarbonetos como benzeno, dipenteno, estireno, indano, indeno, isopreno, octeno, tolueno e xileno. Ocorreu a formação de um óleo concentrado na região do sistema alimentador e, no sistema de coleta, o óleo formado se apresentou bastante diluído em água.contra 20% do ensaio 2).

Apesar de o grau de diluição deste condensado em água ter sido de cerca de 97% (Figura 7), constatou-se grande similaridade na composição das frações de óleo produzidas nos dois pontos (Figura 8) após a extração da água da fração diluída.


Assim, os resultados obtidos pelo processo com o fator de ar (j) 0,40 foram superiores aos obtidos com j=0,45, acarretando sub-produtos com melhores propriedades e em quantidades mais significativas. Constatou-se também que, a eficiência do processo ainda pode ser melhorada através da investigação de outros fatores de ar, possivelmente inferiores aqueles empregados.
Processo mais barato e simples, a disposição em aterros não se apresenta como a solução definitiva uma vez que apenas armazena o resíduo por dezenas ou centenas de anos, e seu custo tem aumentado com a falta de áreas disponíveis e com a preocupação com a questão da saúde pública (proliferação de mosquitos transmissores de doenças). Seu investimento inicial é baixo, mas proporciona um custo indireto cada vez maior, representado pelo custo da terra, o investimento com a saúde pública e com a prevenção de incêndios. Enquanto que no caso do processamento térmico o investimento inicial é muito maior, mas os custos indiretos são minimizados, isso sem contar a possibilidade de reaproveitamento de recursos através da re-inserção dos resíduos no processo de fabricação de pneus e de outros bens manufaturados.

Avaliação e Mitigação de Riscos nos Novos Mercados Energéticos

Trabalho apresentado pelos alunos Ivan Leão e Rafael Elias


Reestruturação do Setores Energéticos



A indústria de energia elétrica vem se remodelando de acordo com as novas leis criadas para a execução das atividades do setor que deixa de ser composto por empresas estatais integradas e torna-se um setor regido por regras de mercado: com empresas privadas desverticalizadas, capazes de competir entre si.
Paralelamente, o setor de petróleo e gás também passa por importantes modificações que beneficiarão o mercado de energia: condições muito competitivas para a geração termelétrica.
As novas empresas fornecedoras de gás se esforçarão para praticar preços que viabilizem a geração termelétrica e ganharem mercado. Da mesma maneira haverá um interesse dos fornecedores de demais combustíveis em competir neste objetivo e em outros.
O mercado spot e a possibilidade de um mercado futuro de energia elétrica torna mais atraente a possibilidade de negociação de geradores e consumidores.
As empresas geradores, no setor de energia elétrica, são as que mais estarão sujeitas à concorrência, com diferentes formas de energia.

Medidas de Risco

Como advento dos mercados concorrenciais de energia, novas variáveis tornaram-se importantes para planejamento, operação e financiamento:
-Os conceitos de mercado;
-O papel mais efetivo do investidor;
-O poder de escolha do consumidor;
-A separação entre o mercado e o operador;
-As novas regras para o acesso aberto às redes;
-O processamento massivo de informações;
-Os instrumentos financeiros.
Todos esses pontos convergem para um assunto comum: o tratamento do risco associado às novas regras.
Muitos dos riscos operacionais dos setores energéticos são conhecidos e considerados nas análises de viabilidade técnica e econômica. O enfoque, agora, está em determinar quais riscos advêm da nova estrutura e como proteger empresas, investidores e consumidores das volatidades do mercado. A grande maioria dos projetos apresentam riscos inerentes à sua própria existência.
Uma forma alternativa de mensurar o impacto de um projeto na rentabilidade de uma empresa é relacioná-lo à totalidade do portfólio. Essa é a proposta do CAPM (Capital Asset Pricing Model).
Um título com elevado desvio-padrão não tem, necessariamente, um forte impacto sobre o desvio-padrão dos retornos de uma carteira (rentabilidade da empresa), e vice-versa. Assim, devido à diversificação de uma carteira é possível a eliminação parcial de riscos uma vez que os retornos dos títulos individuais não estão perfeitamente correlacionados uns com os outros

Títulos com betas elevados tem um retorno esperado superior ao de títulos com betas reduzidos;
Se o ativo possuir beta igual a 1, seu retorno esperado será igual ao do mercado;
Se beta for inferior ou superior ou iferior a 1, as rentabilidades deverão ser maiores ou menores, respectivamente.

Custo de capital em Ambientes de Risco

Quando uma empresa usa tanto capital de terceiros quanto capital próprio, a taxa de desconto a ser utilizada é o custo global de capital do projeto, ou seja, a média ponderada entre ambos.
É importante saber que tipo de financiamento será utilizado – um financiamento para a empresa empreendedora (corporate finance) ou um financiamento por projeto (project finance).

Tratamento de Risco

Um outro aspecto da gestão de riscos é o operacional da comercialização dos produtos. Os mercados de capitais, futuros e de mercadorias contam com ferramentas que lhes conferem liquidez, dinamismo e possibilitam operações de hedging.
Hedging de risco é um mecanismo que possibilita diminuir o impacto de um determinado ativo na carteira como um todo.
Os instrumentos que possibilitam o hedging são contratos negociados nas próprias bolsas de ações e/ou mercadorias: Contratos a Termos, Contratos Futuros, Opções de Compra e Venda (Calls and Puts) e os Swaps (contratos de troca entre dois players).
A idéia é que projetos e contratos com opções valem mais do que os sem opções, pois diminuem riscos.

Os investimentos Brasileiros

Adotando um conjunto singular de desafios e circunstâncias em mudança, o Brasil e os países vizinhos estão reivindicando sua posição como parceiros emergentes no mercado energético mundial. Com novos governos, novas políticas e uma formidável demanda por energia, poucos mercados no mundo oferecem essas oportunidades de expansão.
Previsto a crescer aproximadamente 5% ao ano até 2009, o mercado brasileiro de eletricidade representa uma grande oportunidade para novos negócios. Serão necessários nos próximos anos investimentos de aproximadamente US$23 bilhões nos segmentos de geração, transmissão e distribuição para atender à crescente demanda. O Brasil, provavelmente, instalará cerca de 15-20 GW de nova capacidade de geração térmica durante os próximos dez anos.

PROGRAMAS INTEGRADOS DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA NO EXTERIOR

Trabalho apresentado pelos alunos Gustavo Sérgio e Fernando Bellini

INTRODUÇÃO
Em resposta às crises de petróleo de 1973 e 1979, os governos de vários países adotaram políticas energéticas em que medidas de conservação de energia e fontes alternativas de geração de energia elétrica foram priorizadas. O impacto das emissões de gases, principalmente os produtos das queimas de combustíveis fósseis, na variação do clima tornou-se uma nova preocupação mundial. Em resposta o governo vários países se comprometeram a estabilizar as emissões de gases que causaram o efeito estufa em 2000 ao nível do ano 1990 (protocolo de Kyoto).

REINO UNIDO

A Energy Saving Trust é uma organização não lucrativa do Reino Unido, que pretende promover o uso sustentável da energia e reduzir as emissões de CO2 na atmosfera. Esta organização possui um site (www.est.org.uk) que tem área exclusivamente dedicada ao consumo doméstico de energia, onde os visitantes poderão realizar o check up energético das suas casas, conhecer de perto os produtos energeticamente eficientes, as energias renováveis e saber mais sobre o uso eficiente de energia.
A organização Energy Saving Trust (EST) afirmou que a Inglaterra pode ver 2 milhões de casas e 200 bilhões de libras (US$ 365 bilhões) em bens materiais serem destruídos por inundações causadas pela elevação do nível do mar em 2050. "Sem uma redução drástica do consumo de energia do Reino Unido e das emissões de dióxido de carbono poderá haver resultados desastrosos para o Reino Unido", afirmou o presidente-executivo da EST, Philip Sellwood. "Cada vez que uma lâmpada é acesa ou um vídeo é deixado ligado, dióxido de carbono é emitido de uma central de energia para nossa atmosfera, causando danos para o ambiente", acrescentou.
A Inglaterra lidera as reduções das emissões de CO2 e na criação de tecnologia para a geração mais eficiente de energia, afirmam especialistas. Mas cientistas e ambientalistas alertam há anos que uma mudança radical no estilo de vida da
população também é necessária. O sul da Inglaterra é o mais propenso a sofrer danos com a elevação dos níveis do mar gerada pelo derretimento das calotas polares do planeta.

FRANÇA

Em 1965, a eletrificação rural na França cobria a quase totalidade de consumidores e o consumo representava cerca de 4% do total nacional. Em 1983, embora o numero de consumidores não tenha se elevado muito, a participação relativa do consumo subiu para 14,3%. Isso foi devido à forte penetração de equipamentos elétricos, onde se destacam os de uso térmico (aquecimento de água, calefação elétrica e cocção), cujo consumo de eletricidade, em 1975, significava 10,6% da parcela residencial, subindo para 43,7%, em 1984 (GOUVELLO, 1996).
O que mais preocupa, no entanto, não é a elevada participação do consumo de eletricidade, mas a demanda requerida por esses (e outros) equipamentos, dado o estado de saturação de muitas linhas de baixa tensão, o que tem provocado queda de tensão e desligamento da rede. Devido à baixa densidade de consumidores, dentre outras singularidades do setor, as soluções convencionais, ou seja, o reforço de linhas e transformadores, têm apresentado custos elevados e crescentes e, assim, as opções de GLD são avaliadas de forma concorrencial.

JAPÃO

O governo ajuda empresa dedicada à proteção do meio ambiente, considerando de grande importância administrativa os assuntos relacionados ao meio ambiente. Além do desenvolvimento interno de uma cultura ambientalista e da reciclagem de seus produtos, a redução do gasto de energia nos processos produtos é um tema importante para todos.

AQUECIMENTO DE ÁGUA PARA HOTEIS E GRANDES EDIFICAÇÕES

Trabalho apresentado pelos alunos Gustavo Sérgio e Fernando Bellini

A demanda de consumo energético nos dias de hoje, com os sucessivos aumentos da tarifa de energia elétrica e a temida ameaça de racionamento, direciona cada vez mais os construtores e empreendedores a optar pelo aquecimento solar em suas obras. Edifícios, Clubes, Academias de Ginástica, Hotéis, Hospitais, Condomínios Horizontais e até Núcleos Habitacionais estão se transformando em usuários inteligentes, que adotaram o uso de aquecimento solar de água. Tanto os coletores quanto os reserva-tórios térmicos são preparados para atender demandas de milhares de litros. O sistema modular pode ser instalado de acordo com a necessidade progressiva de cada obra. Ao ampliarmos o número de torneiras, chuveiros ou outro ponto de consumo de água quente, bastará ampliar o sistema de forma simples e segura.



Sistema bombeado para Grandes Obras

O sistema é dimensionado para atender as necessidades de consumo, de acordo com o projeto. A bomba, que tem a função de fazer a água circular entre os coletores e o reservatório térmico, deverá ser sempre dimensionada para atender satisfatoriamente esta necessidade, considerando-se também o dimensionamento hidráulico do sistema. Este deverá também ser elaborado com o objetivo de otimizar as perdas de carga da tubulação, contribuindo para melhorar o desempenho e o rendimento da bomba. O acionamento da bomba para a circulação do sistema, por sua vez está atrelado aos sensores que têm a função de fazer as leituras de temperatura do sistema. Eles estão instalados na tubulação em locais que possibilitam a eficácia do funcionamento, fazendo com que se busque sempre a máxima homogeneidade possível entre a temperatura da água dos coletores solares e reservatórios térmicos. Um CEB (Controlador Eletrônico de Bombeamento ) indica a diferença de temperatura entre a água do interior dos coletores e a água armazenada no reservatório térmico.

Quando o sensor 1 indica 6° C acima da temperatura do sensor 2, a bomba é acionada, fazendo circular a água que está mais fria dentro do reservatório térmico para os coletores, abastecendo o reservatório com água mais quente. Quando a diferença de temperatura entre os sensores cai para 2°C, a bomba pára de funcionar temporariamente. Esse processo ocorrerá repetidamente sempre que as condições de temperatura ocorram nos parâmetros acima indicados ou em outros que podem ser predefinidos, conforme cada projeto.

CURIOSIDADE

Na cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab encaminhou recentemente para a câmara, projeto de lei que obriga a instalação de aquecedores solares nas novas construções feitas no município de São Paulo. A idéia provocou uma onda de reações. Nem todas elogiosas. Há quem diga que é puro marketing do prefeito. Mas alguns ambientalistas estão defendendo a iniciativa. Délcio Rodrigues, Coordenador do projeto Cidades Solares, do instituto Vitae Civilis e Marcelo Furtado, diretor de Campanhas do Greenpeace, enviaram um texto para O jornal Folha de SP apoiando os aquecedores solares de São Paulo.Aí vai o artigo deles:“Com a ameaça do aquecimento global batendo a nossa porta, o chuveiro elétrico está se tornando um crime ambiental. Utilizar a nobre energia elétrica para esquentar água não faz sentido. O uso de chuveiros elétricos e aquecedores elétricos representa cerca de 8% do consumo brasileiro de energia elétrica e no final do dia, o famoso “horário de pico” quando as pessoas chegam em suas casas do trabalho, são responsáveis por 18% da demanda de pico da rede elétrico. Para atender esta demanda de energia elétrica o governo está promovendo usinas nucleares, a carvão, óleo diesel com grande impacto ambiental.”
“É claro que o Brasil precisa de energia para crescer, mas apenas com o uso racional e eficiente da energia, e a garantia do uso das energias renováveis (como solar, eólica, biomassa e de pequenas centrais hidroelétricas) poderemos garantir um desenvolvimento sustentável. O Brasil tem um enorme potencial para o uso da energia solar. Para o aquecimento de água temos uma alternativa de baixo impacto ambiental e grande ganho social, na geração de emprego e renda – o aquecedor solar.” “O aquecedor solar tem um custo inicial mais alto porém, em até 2 a 3 anos, pode-se obter o retorno deste investimento dado o custo da energia elétrica consumida pelo chuveiro. É fundamental estabelecer condições especiais de financiamento para que as pessoas possam ter acesso a esta tecnologia em suas casas. Também é fundamental a exigência de mudanças nos códigos municipais de obras para exigir a instalação ou preparação para instalação de coletores solares na construção e reforma de edifícios residenciais ou comerciais para estimular a tecnologia termossolar.”
“Esta lei proposta por Kassab promove a possibilidade de ganhos para todos. Ganha o consumidor, que terá redução na sua conta de energia elétrica mensal em mais de 30%. Ganha a sociedade, já que o a energia solar tem potencial de geração de empregos pelo menos uma centena de vezes superior à hidroeletricidade e ao nuclear. E ganha o meio ambiente, pela redução na pressão por mais e mais investimentos em geração de energia elétrica, e conseqüentes reduções na área alagada por grandes hidroelétricas, na pressão sobre a biodiversidade e na emissão de gases de efeito-estufa desestabilizadores do clima do planeta.” “A idéia do projeto de lei não é nova. A obrigação do uso de aquecedores solares foi implantada pela primeira vez nos anos 80 do século passado em Israel e teve espetacular sucesso no início do século XXI na Espanha. Lá, a cidade de Barcelona aprovou uma lei de obrigação do uso de aquecedores solares em novas edificações e em reformas de porte em 1999. O projeto teve muito sucesso e se replicou em mais de 35 cidades, incluindo Madrid, antes de, em 2005, ter sido nacionalizado. Hoje na Espanha o código nacional de edificações prevê a obrigação do uso de aquecedores em todas as novas construções e reformas de porte feitas no país. A cidade do México aprovou legislação semelhante em abril de 2006 e, vizinhas aqui na Argentina, Buenos Aires e Rosário estão discutindo projetos assemelhados.” “Belo Horizonte é o melhor exemplo da viabilidade do uso do aquecimento solar. Lá, a ação da empresa elétrica Cemig e do Grupo de Energias Renováveis da PUC-MG permitiu que a cidade tivesse hoje mais de 2 mil prédios de apartamentos com aquecedores solares de água centrais, além de piscinas aquecidas com energia solar como a do Minas Tênis Club, de hotéis com instalações solares de grande porte e de milhares de casas em conjuntos habitacionais de interesse social com aquecedores solaresinstalados. Para as construtoras que atuam no mercado imobiliário de classe média e média-alta é quase impossível vender um novo empreendimento sem aquecimento solar central.” “Outras cidades brasileiras estão também trabalhando pelo uso da energia solar. O prefeito de Porto Alegre sancionou há menos de um mês, lei que cria incentivos ao uso de aquecedores solares na cidade, em projeto assemelhado ao vigente em Campina Grande na Paraíba. Varginha em Minas Gerais, e Birigui no interior do estado de São Paulo também têm leis que obrigam o uso desta forma de energia renovável e sustentável. Belo Horizonte, Salvador e Rio de Janeiro estão elaborando seus projetos e o prefeito de Campo Grande deve anunciar um projeto de incentivo ao solar durante a próxima semana do meio ambiente.” “O Brasil é solar e a cidade de São Paulo pode dar uma grande

terça-feira, 20 de novembro de 2007

POLÍTICA ENERGÉTICA, SOCIEDADE E O MEIO AMBIENTE

Trabalho apresentado pelo aluno Fernando Belini Tasca

A Energia como uma questão política
• A interdependência entre questões do desenvolvimento, da gestão do meio ambiente e as necessidades de energia, coloca a discussão da problemática energética no plano nacional e internacional, mobilizando interesses governamentais, empresariais, partidos políticos, movimento sindical, ambientalistas, e organizações sociais de atingidos.
• Relações do Homem com seu meio ambiente acontecem de maneira desigual entre países de economia capitalista desenvolvida e os da periferia do sistema.
O Modelo Energético atual e o meio ambiente
• Pela maneira que desenvolveu a produção, transporte e distribuição de energia é responsável por graves problemas sociais e ambientais, como acidentes envolvendo navios petroleiros, vazamentos em usinas nucleares e a degradação ambiental e deslocamento de populações proporcionados pela construção de grandes hidrelétricas .
• 6% da população mundial, concentrada nos países capitalistas desenvolvidos, consome 1/3 dos bens naturais do planeta.
• Reconversão dos processos de produção energo-intensivos , iniciada a partir das “crises energéticas”(1973 e 1979), permitiu reduzir a intensidade energética dos países desenvolvidos.Por outro lado os países periféricos incrementaram suas intensidades energéticas tornando-se exploradores de energia.
• Apesar do avanço na incorporação da variável ambiental na formulação das políticas de desenvolvimento a nível nacional e mundial e a participação da sociedade na definição dessas políticas os sistemas energéticos continuam baseados em combustíveis fosseis e tende a prolongar-se nas primeira décadas do Séc XXI(85% consumo).
• A mais concreta iniciativa de caráter global foi a ECO-92 com reflexos importantes na área energética - Convenção sobre Mudanças Climáticas que visava a diminuição de consumo de combustíveis fosseis ou sua utilização com melhor eficiência.
A Realidade Brasileira
• Sistemas Energéticos em transformação no Brasil, passando por processo de privatização.Mudanças no Sistema Petróleo e criação das Agências Reguladoras ANEEL e ANP.Novo modelo energético que deve motivo de preocupação da sociedade.
• Mudanças não vinculadas a um projeto maior de reforma do Estado, a uma política industrial e tecnológica.
• A participação política dos diversos atores envolvidos é que vai definir o caráter público e o controle social das políticas destas áreas(elétrica e petrolífera), que continua sob forte influência do governo federal.
• O Sistema Nuclear é administrado pela INB – Industrias Nucleares Brasileiras e normatizada pela CNEN – Comissão Nacionais de Energia Nuclear, ambas estatais.
• O carvão mineral, álcool,lenha e carvão vegetal, são de caráter privado, explorados através de grupos econômicos que influenciam o Estado na definição das políticas destes setores.
• A energia solar e eólica são ainda pouco utilizadas, projetos pilotos e empresas privadas.Em 1996 foi criado o Centro de Referência de Energia Solar e Eólica Sérgio Brito, vinculado a Eletrobrás
A Atuação da Sociedade Civil
• Praticamente não existem entidades da sociedade civil dedicadas exclusivamente às questões energéticas.
• Destaca-se: a FUP – Federação Única dos petroleiros e a Associação dos engenheiros da PETROBRAS – AEPET; Sindicato dos Eletricitários, movimento nacional dos atingidos por barragens, junto a alguns segmentos da sociedade desenvolve uma forte ação de resistência; Quanto a energia nuclear atravéz da SBPC e Contren; E também o trabalho de várias ONG’S .
Uma Política Integrada Nacionalmente e Descentralizada a Nível Regional
• No Brasil a cidadania energética deve ser incentivada atravéz da conscientização ao combate ao desperdiço, a degradação do ambiente e o uso de fontes de energias renováveis.
• Também devem incentivar a regionalização, com aproveitamento dos potenciais energéticos regionais de maneira a integrar a política energética buscando minimizar os impactos de cada fonte de energia no meio ambiente.