quinta-feira, 22 de novembro de 2007

AQUECIMENTO DE ÁGUA PARA HOTEIS E GRANDES EDIFICAÇÕES

Trabalho apresentado pelos alunos Gustavo Sérgio e Fernando Bellini

A demanda de consumo energético nos dias de hoje, com os sucessivos aumentos da tarifa de energia elétrica e a temida ameaça de racionamento, direciona cada vez mais os construtores e empreendedores a optar pelo aquecimento solar em suas obras. Edifícios, Clubes, Academias de Ginástica, Hotéis, Hospitais, Condomínios Horizontais e até Núcleos Habitacionais estão se transformando em usuários inteligentes, que adotaram o uso de aquecimento solar de água. Tanto os coletores quanto os reserva-tórios térmicos são preparados para atender demandas de milhares de litros. O sistema modular pode ser instalado de acordo com a necessidade progressiva de cada obra. Ao ampliarmos o número de torneiras, chuveiros ou outro ponto de consumo de água quente, bastará ampliar o sistema de forma simples e segura.



Sistema bombeado para Grandes Obras

O sistema é dimensionado para atender as necessidades de consumo, de acordo com o projeto. A bomba, que tem a função de fazer a água circular entre os coletores e o reservatório térmico, deverá ser sempre dimensionada para atender satisfatoriamente esta necessidade, considerando-se também o dimensionamento hidráulico do sistema. Este deverá também ser elaborado com o objetivo de otimizar as perdas de carga da tubulação, contribuindo para melhorar o desempenho e o rendimento da bomba. O acionamento da bomba para a circulação do sistema, por sua vez está atrelado aos sensores que têm a função de fazer as leituras de temperatura do sistema. Eles estão instalados na tubulação em locais que possibilitam a eficácia do funcionamento, fazendo com que se busque sempre a máxima homogeneidade possível entre a temperatura da água dos coletores solares e reservatórios térmicos. Um CEB (Controlador Eletrônico de Bombeamento ) indica a diferença de temperatura entre a água do interior dos coletores e a água armazenada no reservatório térmico.

Quando o sensor 1 indica 6° C acima da temperatura do sensor 2, a bomba é acionada, fazendo circular a água que está mais fria dentro do reservatório térmico para os coletores, abastecendo o reservatório com água mais quente. Quando a diferença de temperatura entre os sensores cai para 2°C, a bomba pára de funcionar temporariamente. Esse processo ocorrerá repetidamente sempre que as condições de temperatura ocorram nos parâmetros acima indicados ou em outros que podem ser predefinidos, conforme cada projeto.

CURIOSIDADE

Na cidade de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab encaminhou recentemente para a câmara, projeto de lei que obriga a instalação de aquecedores solares nas novas construções feitas no município de São Paulo. A idéia provocou uma onda de reações. Nem todas elogiosas. Há quem diga que é puro marketing do prefeito. Mas alguns ambientalistas estão defendendo a iniciativa. Délcio Rodrigues, Coordenador do projeto Cidades Solares, do instituto Vitae Civilis e Marcelo Furtado, diretor de Campanhas do Greenpeace, enviaram um texto para O jornal Folha de SP apoiando os aquecedores solares de São Paulo.Aí vai o artigo deles:“Com a ameaça do aquecimento global batendo a nossa porta, o chuveiro elétrico está se tornando um crime ambiental. Utilizar a nobre energia elétrica para esquentar água não faz sentido. O uso de chuveiros elétricos e aquecedores elétricos representa cerca de 8% do consumo brasileiro de energia elétrica e no final do dia, o famoso “horário de pico” quando as pessoas chegam em suas casas do trabalho, são responsáveis por 18% da demanda de pico da rede elétrico. Para atender esta demanda de energia elétrica o governo está promovendo usinas nucleares, a carvão, óleo diesel com grande impacto ambiental.”
“É claro que o Brasil precisa de energia para crescer, mas apenas com o uso racional e eficiente da energia, e a garantia do uso das energias renováveis (como solar, eólica, biomassa e de pequenas centrais hidroelétricas) poderemos garantir um desenvolvimento sustentável. O Brasil tem um enorme potencial para o uso da energia solar. Para o aquecimento de água temos uma alternativa de baixo impacto ambiental e grande ganho social, na geração de emprego e renda – o aquecedor solar.” “O aquecedor solar tem um custo inicial mais alto porém, em até 2 a 3 anos, pode-se obter o retorno deste investimento dado o custo da energia elétrica consumida pelo chuveiro. É fundamental estabelecer condições especiais de financiamento para que as pessoas possam ter acesso a esta tecnologia em suas casas. Também é fundamental a exigência de mudanças nos códigos municipais de obras para exigir a instalação ou preparação para instalação de coletores solares na construção e reforma de edifícios residenciais ou comerciais para estimular a tecnologia termossolar.”
“Esta lei proposta por Kassab promove a possibilidade de ganhos para todos. Ganha o consumidor, que terá redução na sua conta de energia elétrica mensal em mais de 30%. Ganha a sociedade, já que o a energia solar tem potencial de geração de empregos pelo menos uma centena de vezes superior à hidroeletricidade e ao nuclear. E ganha o meio ambiente, pela redução na pressão por mais e mais investimentos em geração de energia elétrica, e conseqüentes reduções na área alagada por grandes hidroelétricas, na pressão sobre a biodiversidade e na emissão de gases de efeito-estufa desestabilizadores do clima do planeta.” “A idéia do projeto de lei não é nova. A obrigação do uso de aquecedores solares foi implantada pela primeira vez nos anos 80 do século passado em Israel e teve espetacular sucesso no início do século XXI na Espanha. Lá, a cidade de Barcelona aprovou uma lei de obrigação do uso de aquecedores solares em novas edificações e em reformas de porte em 1999. O projeto teve muito sucesso e se replicou em mais de 35 cidades, incluindo Madrid, antes de, em 2005, ter sido nacionalizado. Hoje na Espanha o código nacional de edificações prevê a obrigação do uso de aquecedores em todas as novas construções e reformas de porte feitas no país. A cidade do México aprovou legislação semelhante em abril de 2006 e, vizinhas aqui na Argentina, Buenos Aires e Rosário estão discutindo projetos assemelhados.” “Belo Horizonte é o melhor exemplo da viabilidade do uso do aquecimento solar. Lá, a ação da empresa elétrica Cemig e do Grupo de Energias Renováveis da PUC-MG permitiu que a cidade tivesse hoje mais de 2 mil prédios de apartamentos com aquecedores solares de água centrais, além de piscinas aquecidas com energia solar como a do Minas Tênis Club, de hotéis com instalações solares de grande porte e de milhares de casas em conjuntos habitacionais de interesse social com aquecedores solaresinstalados. Para as construtoras que atuam no mercado imobiliário de classe média e média-alta é quase impossível vender um novo empreendimento sem aquecimento solar central.” “Outras cidades brasileiras estão também trabalhando pelo uso da energia solar. O prefeito de Porto Alegre sancionou há menos de um mês, lei que cria incentivos ao uso de aquecedores solares na cidade, em projeto assemelhado ao vigente em Campina Grande na Paraíba. Varginha em Minas Gerais, e Birigui no interior do estado de São Paulo também têm leis que obrigam o uso desta forma de energia renovável e sustentável. Belo Horizonte, Salvador e Rio de Janeiro estão elaborando seus projetos e o prefeito de Campo Grande deve anunciar um projeto de incentivo ao solar durante a próxima semana do meio ambiente.” “O Brasil é solar e a cidade de São Paulo pode dar uma grande

Um comentário:

Unknown disse...

adorei seu trabalho,parabens
continuen assim