quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Avaliação e Mitigação de Riscos nos Novos Mercados Energéticos

Trabalho apresentado pelos alunos Ivan Leão e Rafael Elias


Reestruturação do Setores Energéticos



A indústria de energia elétrica vem se remodelando de acordo com as novas leis criadas para a execução das atividades do setor que deixa de ser composto por empresas estatais integradas e torna-se um setor regido por regras de mercado: com empresas privadas desverticalizadas, capazes de competir entre si.
Paralelamente, o setor de petróleo e gás também passa por importantes modificações que beneficiarão o mercado de energia: condições muito competitivas para a geração termelétrica.
As novas empresas fornecedoras de gás se esforçarão para praticar preços que viabilizem a geração termelétrica e ganharem mercado. Da mesma maneira haverá um interesse dos fornecedores de demais combustíveis em competir neste objetivo e em outros.
O mercado spot e a possibilidade de um mercado futuro de energia elétrica torna mais atraente a possibilidade de negociação de geradores e consumidores.
As empresas geradores, no setor de energia elétrica, são as que mais estarão sujeitas à concorrência, com diferentes formas de energia.

Medidas de Risco

Como advento dos mercados concorrenciais de energia, novas variáveis tornaram-se importantes para planejamento, operação e financiamento:
-Os conceitos de mercado;
-O papel mais efetivo do investidor;
-O poder de escolha do consumidor;
-A separação entre o mercado e o operador;
-As novas regras para o acesso aberto às redes;
-O processamento massivo de informações;
-Os instrumentos financeiros.
Todos esses pontos convergem para um assunto comum: o tratamento do risco associado às novas regras.
Muitos dos riscos operacionais dos setores energéticos são conhecidos e considerados nas análises de viabilidade técnica e econômica. O enfoque, agora, está em determinar quais riscos advêm da nova estrutura e como proteger empresas, investidores e consumidores das volatidades do mercado. A grande maioria dos projetos apresentam riscos inerentes à sua própria existência.
Uma forma alternativa de mensurar o impacto de um projeto na rentabilidade de uma empresa é relacioná-lo à totalidade do portfólio. Essa é a proposta do CAPM (Capital Asset Pricing Model).
Um título com elevado desvio-padrão não tem, necessariamente, um forte impacto sobre o desvio-padrão dos retornos de uma carteira (rentabilidade da empresa), e vice-versa. Assim, devido à diversificação de uma carteira é possível a eliminação parcial de riscos uma vez que os retornos dos títulos individuais não estão perfeitamente correlacionados uns com os outros

Títulos com betas elevados tem um retorno esperado superior ao de títulos com betas reduzidos;
Se o ativo possuir beta igual a 1, seu retorno esperado será igual ao do mercado;
Se beta for inferior ou superior ou iferior a 1, as rentabilidades deverão ser maiores ou menores, respectivamente.

Custo de capital em Ambientes de Risco

Quando uma empresa usa tanto capital de terceiros quanto capital próprio, a taxa de desconto a ser utilizada é o custo global de capital do projeto, ou seja, a média ponderada entre ambos.
É importante saber que tipo de financiamento será utilizado – um financiamento para a empresa empreendedora (corporate finance) ou um financiamento por projeto (project finance).

Tratamento de Risco

Um outro aspecto da gestão de riscos é o operacional da comercialização dos produtos. Os mercados de capitais, futuros e de mercadorias contam com ferramentas que lhes conferem liquidez, dinamismo e possibilitam operações de hedging.
Hedging de risco é um mecanismo que possibilita diminuir o impacto de um determinado ativo na carteira como um todo.
Os instrumentos que possibilitam o hedging são contratos negociados nas próprias bolsas de ações e/ou mercadorias: Contratos a Termos, Contratos Futuros, Opções de Compra e Venda (Calls and Puts) e os Swaps (contratos de troca entre dois players).
A idéia é que projetos e contratos com opções valem mais do que os sem opções, pois diminuem riscos.

Os investimentos Brasileiros

Adotando um conjunto singular de desafios e circunstâncias em mudança, o Brasil e os países vizinhos estão reivindicando sua posição como parceiros emergentes no mercado energético mundial. Com novos governos, novas políticas e uma formidável demanda por energia, poucos mercados no mundo oferecem essas oportunidades de expansão.
Previsto a crescer aproximadamente 5% ao ano até 2009, o mercado brasileiro de eletricidade representa uma grande oportunidade para novos negócios. Serão necessários nos próximos anos investimentos de aproximadamente US$23 bilhões nos segmentos de geração, transmissão e distribuição para atender à crescente demanda. O Brasil, provavelmente, instalará cerca de 15-20 GW de nova capacidade de geração térmica durante os próximos dez anos.

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